29 dezembro 2006

Emigrantes do mundo inteiro

Voltou no seu peito a tristeza, sem fortuna nem riqueza,
Voltou a sorte nada lhe deu,
Voltou à terra onde nasceu,
Voltou a aldeia estava deserta, do que era pouco resta, là não havia ninguém,
Voltou e ao ver sentada sozinha, a chorar uma velhinha, como quem estivesse à espera, daquele que nunca vem.
Aonde està aquela casinha, que a mim me viu nascer, diga là minha velhinha, eu tudo quero saber.
A velhinha a soluçar, àquele homem respondeu, disse baixinho a chorar, o fogo tudo ardeu.
Porquê tanta maldade na terra, porquê incendiar nossa serra, porquê tudo està negro tão triste, porquê sò cinzas agora existe, porquê que tu ficaste sozinha, na aldeia minha velhinha, se aqui não mora ninguém? Porquê muito pra mim estàs a olhar ? Talvez te faça lembrar um filho que jà partiu, aquele que nunca vem.
O seu coração tremia, ao ver aquela velhinha, hà muito que jà não via, a sua querida mãezinha, na sua aldeia voltou, à terra onde nasceu, linda velhinha aqui estou, quem tanto esperas sou eu, perdoa querida mãezinha, não te quiz abandonar, às vezes até nem tinha, dinheiro pra regressar, pouca sorte Deus me deu, naquela terra distante, agora sou filho teu, não vou mais ser EMIGRANTE.